tag:blogger.com,1999:blog-22953872163393750162024-02-19T09:56:49.573+00:00Chuvisco de VerãoFábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.comBlogger42125tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-20869856981439675572012-09-03T20:26:00.000+01:002012-09-04T13:24:48.552+01:00Crónica de um (des)apaixonado<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTQPtZCzzUKQc5AhXYYhaCns1Q0nvDki9g9cIi91ExGzMn_s5_YoxgLgykPU-wIUjqJRErYox0bCgeX46nwN04iwlbXKUB2IM3kWIj11Bhq4b1cyikb8Ul3H4lIj7sNsNba8g1RVmzt8o/s1600/315348_270091866423957_1408582274_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="359" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTQPtZCzzUKQc5AhXYYhaCns1Q0nvDki9g9cIi91ExGzMn_s5_YoxgLgykPU-wIUjqJRErYox0bCgeX46nwN04iwlbXKUB2IM3kWIj11Bhq4b1cyikb8Ul3H4lIj7sNsNba8g1RVmzt8o/s640/315348_270091866423957_1408582274_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
É como chuva no deserto, o amor verdadeiro. É escasso, é precioso de tão raro, mais desejado que qualquer outro bem. É vida, é do que somos feitos, de onde nasceu o Homem, a Mulher. É o único que apaga incêndios de discórdia, o único que mata a sede de mil e uma solidões, o único do qual nenhum animal racional pode abdicar, pois não consegue; o seu corpo não o permite. Mas o amor não cai do céu, nem se pode simplesmente mergulhar nele indo à praia, ou comprá-lo no quiosque da nossa rua. O amor encontra-se por acaso, como se encontram amigos que não se vêem há vários anos e dão por si no mesmo lugar, perplexos com a aparição um do outro. Encontra-se também como se encontra uma nota de 50€ no bolso daquelas calças muito antigas que estamos prestes a deitar fora; sempre lá esteve, mas já não nos lembrávamos de o ter guardado lá. É como um eclipse; é provável que só passemos por um durante as nossas vidas. É como jogar numa raspadinha aos 80 anos e ganhar; é irónico, é sublime, é surpreendente como acontece quando menos esperamos, quando menos queremos, quando menos dá jeito. Mas o amor é assim mesmo; nunca parece dar jeito, e quanto mais complicado fica mais sede nos dá, pois não há nada como encontrar o fruto proibido e com ele saciar a sede por ser o mais apetecido, por nos ser vital, essencial, absolutamente indispensável. Depois de o encontrar, aí sim, podemos viajar nele, mergulhar nele, afogarmo-nos nele. E a que cheira o amor? A que sabe? É como a água também, e quem diz que a água não tem cheiro nem sabor, nunca bebeu com verdadeira sede.</div>
FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-24751996880990336502012-07-29T16:34:00.000+01:002012-09-04T13:32:11.316+01:00Sombras de sombras<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #cccccc; font-family: inherit; font-size: 13.333333969116211px; line-height: 17.77777862548828px; text-align: left;">Observar é aprender sem palavras. Quando te sentas num banco de jardim, aprendes os trajectos dos pássaros, os comportamentos dos animais; observas a vida. Mas é nas pessoas que está a verdadeira aprendizagem. No sorriso que dão ao desconhecido, no olhar que lançam ao menos querido, na falsa simpatia que estendem ao vizinho. Atrás deles, de todos eles, seguem-se as sombras, mas essas não têm trejeitos. Não têm maneirismos, atitudes: imitam o que os seus originais fazem, e imitam-nos com perfeição, até que dás por ti a ver todas as pessoas a transformar-se em sombras umas das outras; e estas não são nada além de sombras de ninguém. Todos sorriem, todos dizem que fazem mas não fazem o que dizem, todos dão um com quinhentos na mão, todos lamentam falsamente ao dar um "Não"; todos o fazem, e poucos são a excepção. Muito falam, mas nada sabem, pois no fim, todos passam, e ninguém sabe de onde vem, nem para onde vai; mas todos caminham para muitos lugares, com a incerteza como destino comum.</span></div>
FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-19615206027480873342012-07-14T23:51:00.001+01:002012-09-04T13:30:20.579+01:00Amar.<div style="text-align: justify;">
Sabes que amas quando sentes aquele ardor</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquela inquietação; um arrepio seguido de um tremor<br />
O sorriso que floresce inocente, como uma linda cor<br />
A euforia das borboletas, sem angústia nem dor</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como quando se revoltam com a traição</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando te prendem num mundo sem perdão</div>
<div style="text-align: justify;">
Em que tudo perde o sentido, a conexão</div>
<div style="text-align: justify;">
E tu flutuas no abismo, e na sua imensidão</div>
<div style="text-align: justify;">
Te afogas lentamente, sem salvação.</div>
FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-29315145570254280602012-04-16T01:31:00.001+01:002012-04-17T02:45:48.300+01:00Momentos CinzentosMomentos.<br />
São suspiros, são rebentos<br />
São abraços, beijos e alentos<br />
São pequenos sentimentos<br />
Que nos pesam, corpulentos<br />
Que não esquecemos, macilentos.<br />
Oh! Teimosos pensamentos<br />
Que se aninham em nós, sonolentos<br />
Como vampiros sanguinolentos<br />
Que nos adormecem os talentos<br />
Que nos deixam alterados, violentos<br />
Com os corações apertados, turbulentos<br />
Até que morramos, cinzentos.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-47627431196899213112012-03-30T04:01:00.001+01:002012-03-30T04:02:14.748+01:00BotaQuando não se sente<br />
Não se faz de conta, não se mente<br />
Não se ri nem abraça,<br />
Falsamente sorridente<br />
Para que o outro não pense, amargamente<br />
'Será que me ama de verdade?'<br />
Mas sim, com o coração quente<br />
'É para toda a eternidade'.<br />
A pequena bota<br />
Símbolo de promessa, de união<br />
Serviria como gatilho para um futuro de paixão<br />
De amor, de felicidade, do mais cru sentimento, embora vão<br />
Pois a vida divide o caminho em mais de uma via<br />
E, como seria de esperar quando as hipóteses são mais que uma<br />
Enveredamos, hesitantes, por opções diferentes, agravantes<br />
De um destino que vive, só, na utopia que construímos, confiantes.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-88663919479598109282012-02-22T05:21:00.000+00:002012-02-22T05:21:58.593+00:00DescontentamentoSonho que tenho<br />
O que ter não posso<br />
Conto os dias, as horas, os momentos,<br />
Os sorrisos, os lamentos<br />
As dores sangrentas, os beijos enganosos<br />
Os encontros ilusórios, piedosos,<br />
E fugir parece o mais correto fazer<br />
Desaparecer, para que o coração não mais me doa.<br />
Mas é sublime, essa corrente invisível que me tens ao pescoço<br />
Definitiva, espero que o não seja<br />
Pois quero um dia poder dizer<br />
"Sou eu a ter sem ter de sofrer".FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-72373977366533698572012-02-21T05:20:00.003+00:002012-02-21T16:42:29.228+00:00Corrompido<span style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;">Amor abandonado num coração dorido, ferido</span><br />
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;">Que bebe o sorriso, que come o que lhe é devido</div><div style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;">Que a solidão leva como seu, qual dado adquirido</div><div style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;">Que mói, que geme, danificado, sofrido</div><div style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;">Que sofre num palco vazio, de soalho polido</div><div style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;">Chamado de consciência até que, meio despido meio vestido</div><div style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;">Definha até ter, por completo, sumido</div><div style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;">Deixando atrás de si um coração, um dia inteiro, agora partido.</div>FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-56220586081689260712011-11-24T02:16:00.000+00:002011-11-24T02:16:27.196+00:00A Vida É Um PalcoNo palco dos sonhos acordei<div>Ferido, danificado, quase morto</div><div>Como quem cai no alçapão dos sonhos sem pára-quedas.</div><div>De livre vontade caminho então pelo jardim que me rodeia</div><div>Que simultaneamente me liberta e me prende, como numa teia,</div><div>E a tecedeira que é a vida, com as suas longas oito patas,</div><div>Mostra-me que todo um plano é arquitectado</div><div>Para que nada passe em vão.</div><div>Nem mesmo as quedas no alçapão.</div>FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-55207510787212937952011-09-12T00:50:00.000+01:002011-09-12T00:50:16.153+01:00Prisão de MuralhasO mundo pára, escuta e sente<br />
A tua existência, que me deixa sorridente<br />
Que me faz sonhar e sobrevoar o impossível, o inexistente<br />
Que me mata, quando decides existir para outro alguém.<br />
<br />
O teu sorriso fecha-me entre mil muralhas,<br />
E nelas reside o meu mundo, somente<br />
Do qual faz parte o teu sorriso, maravilhoso e potente,<br />
Como a presença omnipotente<br />
De divindades, de presenças de força maior<br />
De laivos de mundos isentos de dor<br />
De rios de amor, sem pudor.<br />
<br />
É uma prisão saborosa, esta<br />
Delicada, como se feita de vidro,<br />
Indestrutível, como se feita de titânio,<br />
Aliciante, como se coberta de ouro,<br />
Desejada, como se paraíso fosse.<br />
E ainda assim, dela quero escapar<br />
Quero sair, quero-me libertar.<br />
Mas como sempre, quero o que não tenho,<br />
E por aqui vou ficando, abandonado.<br />
Esquecido.<br />
Despercebido.<br />
<br />
Aprisionado.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-60762674899426197332011-07-04T01:00:00.000+01:002011-07-04T01:00:07.760+01:00Viagem<div style="text-align: justify;">Tocas-me e sorrio. Choro, por dentro, mas sorrio para o mundo. Existes, e isso basta para mim.</div><div style="text-align: justify;">Sonho com o dia em que vais ver quem sou. Em que a luz da lógica vai brilhar à minha volta, e o teu cérebro iluminado te transmita o 'clic' há muito esperado. Nesse dia, a música que me tocou vai tocar em ti, e a harmonia de sentimentos vai finalmente dar-se...</div><div style="text-align: justify;">Até lá. Uma boa viagem.</div>FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-75562548875864122762011-06-13T00:53:00.000+01:002011-06-13T00:53:32.002+01:00VeludoPalavras de veludo acariciam-me mentalmente. Ninguém pode, jamais, violar este sentimento, que me habituou ao seu sorriso, ao seu olhar e ao seu perfume. Ninguém pode, ninguém vai e ninguém consegue. É um novelo de carinhos, de tenebrosos caminhos, feitos da pedra de calçada que preenche os buracos do meu coração. É a despreocupação, a tristeza e o amor, a morte sem dor, o doce veneno da ilusão, os passeios pelas ruas da amargura da minha vida. Não te enganes; o meu coração é teu, por muito que o deixes morrer ao relento das noites geladas da tua vida.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-38890818130358438872011-06-01T19:58:00.000+01:002011-06-01T19:58:05.192+01:00AprendizagemAprendi a amar sem olhar para trás. Aprendi que, mesmo lá no fundo, a esperança é oca e por vezes não passa de uma simples ilusão. Aprendi a sorrir quando seria normal chorar, a incentivar quando o melhor seria afastar-me, a ficar na plateia a assistir enquanto a vida da pessoa que amo desfila à minha frente, e eu me limito a aplaudir. A sorrir e a elogiar. Enquanto ela desfila. Enquanto ela passa e eu fico, e quando ela vai já longe, embora tenha saudades, nada faço. A sua vida nunca se vai entrelaçar com a minha, a sua alma nunca vai desejar a minha, o seu ser nunca vai amar o meu.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-74762509107454468352011-05-24T22:53:00.002+01:002011-05-24T23:54:27.854+01:00How many?Uma gota. Duas. Três segredos, mil angústias.<br />Quantas tempestades se passam em mim?<br />Não há socorro, não há ajuda, não há compreensão.<br />Só solidão. Tristeza. Desilusão.<br />Máscaras que disfarçam mapas<br />Que ensinam como chorar<br />Que me fazem gritar, desesperar.<br />Morrer.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-27926622165418441232011-05-16T20:45:00.003+01:002011-05-16T20:52:06.670+01:00Chuva e Sentimentos<div style="text-align: justify;">Deixa que chova.<br />Lava as vergonhas, os erros, as desilusões<br />As saudades, os medos, concede perdões<br />Põe a mão sobre a barriga, e respira fundo<br />Sente o ressoar de cada gota de chuva<br />De cada lágrima que o céu chora<br />De cada pedaço de brisa que te agita os cabelos.<br /><br />Não temas sorrir no meio da tempestade<br />Pois se depois dela vem a bonança,<br />Por que não começar já a ser feliz?<br />Por que não esboçar um sorriso e dar a mão ao teu eu do passado<br />Abraçar o teu eu do futuro<br />E seguir, sem rumo, pela chuva que desenha o teu vulto?<br /><br />Aprende. Sorri. Ama.<br />A vida é veloz, por muito que sejas impaciente<br />Por muito que queiras amar uma vez, ou dez, ou cem<br />Por muito que as coisas pareçam demorar<br />Não esqueças que o teu hoje será o ontem longínquo de alguém.<br /></div>FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-12130105582030149382011-05-11T04:00:00.002+01:002011-05-11T04:09:11.060+01:00Fluxo do ConstanteQuantos relâmpagos tem uma tempestade?<br />Quantas lágrimas tem uma saudade?<br />Quantos adeus tem um fim?<br /><br />Os fluxos completaram o ciclo.<br />E as saudades são a constante que se verifica.<br />A impressão que fica<br />É que não houve evolução.<br />Nada mudou,<br />Mantém-se a solidão.<br /><br />Quero voar.<br />Para longe da tempestade,<br />Da saudade,<br />Do fim.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-62361669500367904142011-05-10T04:28:00.002+01:002011-05-10T04:42:21.651+01:00O Desenjaular Do DragãoTremo,<br />E temo,<br />Pelo sonho supremo<br />Que, em nós, dorme.<br />Sereno.<br /><br />Um sorriso sublime<br />Aflora-lhe os lábios.<br />É renegado pelos cépticos,<br />Ignorado pelos tolos,<br />Abraçado pelos sábios.<br /><br />Sem finais apoteóticos, as provas residem em nós.<br />Todo o nosso mundo, entrelaçado, com todos os mundos existentes e imaginários.<br />É livre, a esperança, mas os sonhos, esses, são como presidiários<br />Destinados a prisão perpétua.<br />Tentam libertar-se, sem ninguém magoar<br />Sem nenhuma fúria despertar<br />Para o seu espaço poderem voltar.<br /><br />Um reluzir de asas de vidro encandeia os olhos mais fracos.<br />As borboletas de cristal assinalam a chegada da Luz, da Razão<br />O conhecimento, que nos dá a mão<br />Que se revela na história fantástica, e do dragão<br />Que em planetas pessoais e cantinhos perdidos,<br />Se escondeu, deixando migalhas da sua presença<br />E que agora constituem um banquete ao nosso Eu.<br /><br />Mas quem somos, e por que voltamos sempre à ligação que nos originou?<br />Sentimo-nos diferentes, pois na nossa infância algo se mostrou.<br />Algo nos disse sem palavras que seríamos o que ninguém acredita,<br />O que em muitas mentes suscita,<br />O desprezo, a ironia, a falta de razão<br />Mas que noutras desperta a lógica,<br />O sexto sentido, a compreensão.<br />A liberdade de um enjaulado dragão.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-7022940218277885352011-05-08T19:28:00.004+01:002011-05-08T19:41:13.445+01:00If Feels Like Summer Rain<div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5sCl4OGwaTKVZIh5X_iizaeF3cP3stxUFlVGEwo9NGLz_bRIF7abmXlhtxNZA86H5YrLQNKQW58e2LZMEry0FgWywloOokLJzKthTi3uMnc5H-VIeR-t8o5Uc5swSrDEgh9NLMOufdwE/s1600/parke_summer-rain%255B1%255D.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 219px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604414115559586706" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5sCl4OGwaTKVZIh5X_iizaeF3cP3stxUFlVGEwo9NGLz_bRIF7abmXlhtxNZA86H5YrLQNKQW58e2LZMEry0FgWywloOokLJzKthTi3uMnc5H-VIeR-t8o5Uc5swSrDEgh9NLMOufdwE/s320/parke_summer-rain%255B1%255D.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center">Beijar-te é como beijar o Verão.</div><div align="center">É como ver a felicidade e dar-lhe a mão,</div><div align="center">É chorar de alegria por teres sorte</div><div align="center">É desejar ficar contigo até à hora da minha morte.</div><div align="center">É sorrir como um tolo quando estás por perto</div><div align="center">É seres a única pessoa no deserto</div><div align="center">Que é o meu coração</div><div align="center">Que parou de bater por outras pessoas</div><div align="center">No dia em que encontrou o brilho do teu olhar.</div><div align="center">E por vezes vejo-te com outro alguém, que me sorri</div><div align="center">Com desdém</div><div align="center">E uma fúria apodera-se de mim.</div><div align="center">Apetece-me passar por cima da razão</div><div align="center">Destruir tudo, e revelar</div><div align="center">Que jamais posso parar de te amar.<br /><br /></div><div align="center"> </div><div align="center">É como chuva de Verão.</div><div align="center">Fora de tempo, sem obrigação.</div><div align="center">Sabe a solidão.</div></div>FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-49482254572655034372011-03-23T14:29:00.002+00:002011-03-23T14:34:23.284+00:00Fuga<div style="text-align: justify;">Magoado, ferido, insultado</div><div style="text-align: justify;">O meu ser deseja poder e liberdade</div><div style="text-align: justify;">Deseja escapar deste mundo sem deixar saudade</div><div style="text-align: justify;">Sem rancor, sem mágoa</div><div style="text-align: justify;">Apenas felicidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um dia, quem sabe.</div>FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-69803292247866872792011-01-11T16:12:00.002+00:002011-01-11T16:22:18.536+00:00Massacre na Rua das Flores<div style="text-align: justify;">Estava ele na rua das Flores. Plena baixa lisboeta, plenas quatro da madrugada. Um grito vindo da sempre alcoolizada rua do Alecrim disse-lhe que a noite era ainda uma criança. Mas era um grito diferente, de socorro. Correu para lá, agarrou no telemóvel e ligou para o 112, esquecendo-se por completo que o quartel dos bombeiros espreitava por cima do seu ombro. Assim, ele presenciou a morte retirada à força a uma jovem dos seus quinze anos, mesmo ao lado dos contentores do ecoponto. Uma figura vestida de preto, uma faca longa e afiada e terror q.b. fizeram daquele fim de noite a receita perfeita para comer... E não chorar por mais.</div>FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-3469241117490574412010-12-05T00:36:00.005+00:002010-12-05T13:34:30.782+00:00Feed the stars.As estrelas que um dia brilharam para nós parecem perder força de dia para dia; ou melhor, de noite para noite. Não há mais daquele brilho intenso que nos preenchia as noites, que nos seduzia com o seu corpo ofuscante. As estrelas, tal como as almas das pessoas, estão a apagar-se. A deixar um rasto brilhante de memórias, dos tempos em que o mundo se guiava apenas pela luz da noite, e da alma. E no momento em que ficarmos às escuras, todos se hão-de perguntar: "O que é feito da luz das estrelas? E da lua??". Sim, pois a lua, parceira das estrelas, vai apagar-se por companheirismo, tal como as ligações que temos com uns se apagam quando outros de quem gostamos entram em confronto com os primeiros. Zangas, motins, discussões, guerras, todo o gossip que apodrece as nossas almas; é como um vortex negro que engole corpos celestes indiscriminadamente, sem vontade de parar, até que a escuridão e a solidão tome conta do nosso universo. Unless...<br />Devemos alimentar as nossas almas. O nosso espírito, tal como as estrelas, brilha umas vezes mais intensamente que outras. E, tal como elas, parece eterno. Mas não o é. É lindo, imaculado, forte; mas finito. E é o dever de cada um proteger essa luz.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-83854037193285665872010-10-23T02:19:00.003+01:002010-10-23T02:44:13.812+01:00SentidosDualidade.<br />Duas consciências, dois seres, duas pessoas.<br />Um corpo.<br />Uma identidade, uma alma, uma vida.<br />Medo de pensar.<br />Confusão de ideias, contradições permanentes neste cérebro a preto e branco, onde o sim é lei e o não é pecado.<br /><br />Pecado, blasfémia, punição. Punição que dói, que persegue, que aperta o coração, que faz o nosso corpo tremer e a nossa alma estalar. Sem sentido, sem sinais vitais. Sem ar. Perde as asas, este corpo fraco, e por isso não viaja. Não conhece mais que aquilo que os olhos alcançam... Mas os olhos vêem muito. Vêem saudade, tristeza, ambição. Vêem falsidade e captam sentimentos de agonia, de ansiedade, de arrebatadora paixão. Vêem a ligação entre dono e cão, entre amigos, entre pais e filhos. Vêem ligação de pensamentos, de almas, de sensações de perdição. Mas esperem... Não vêem amor. Não. Pois o amor não se vê, nem se sente, nem se cheira. Nem se toca. Ouve-se. Ouve-se o bater do coração, os desejos que nos assolam a mente, a vontade de beijar, de tocar a pessoa, de sentir o seu aroma. Ouvem-se pássaros cantar, sinos tocar, músicas no ar; ouvem-se os murmúrios da alma a convencer-nos aproximar. Ouve-se tudo e mais alguma coisa: pessoas, animais, até os cheiros se podem ouvir. O som das rosas na pele, da baunilha no cabelo, do hálito a menta. E o som do medo. Medo da rejeição. O medo que não se sente, mas que se ouve. Ouve-se o medo do medo, e ouve-se o seu cheiro, a terra molhada da chuva numa noite de verão, mas com uma tonalidade avermelhada, como se a chuva tivesse queimado a terra. É um som especial, pois é um medo especial. O medo de amar.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-70238364954931970382010-10-12T16:25:00.003+01:002010-10-12T16:58:08.475+01:00Always, always, always, always love you...Eu sou de confiança. Sorrio, choro, ajudo, caminho quilómetros para ajudar um melhor amigo. Nada para mim vale mais que a amizade. Nada. No fim de contas, podemos amar um infinito de pessoas, podemos apaixonar-nos por todas elas, mas quem estará sempre lá? Mesmo que algo corra mal com o amor das nossas vidas. Com a pessoa que amamos. Quem está sempre lá? Tu. E ele. E elas também. Vocês, minha gente, minha família, seres do meu sangue, que me estendem uma mão a sorrir, um abraço forte num dia de chuva, uma gargalhada no meio da chuva de lágrimas. Fazem-me ver cores neste mundo a preto e branco, fazem-me rir neste velório de valores, fazem-me sentir livre nesta prisão de crenças. Seja na janela do mundo, na estrada dos eucaliptos, num café no Chiado, na rua com cheiro a caril, na casa de chá cheia de sensações que todos conhecem, numa casa perdida no Meco, na Avenida vasco da gama, em plena rua a entrar em simbiose com o planeta ou num dia chuvoso, numa tasca que afirma servir almoços, na Junqueira. A todos vocês, um grande, enormíssimo obrigado, por serem quem são, mesmo que um ou outro tenha escolhido deixar de me ser o que era. Desde e para sempre, ainda que por tempos isso não tenha sido claro, ter-me-ão pelo mesmo tempo infinito quanto desejarem.<br />@FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-69393089355496003642010-08-30T02:45:00.002+01:002010-08-30T03:11:17.025+01:00BalãoGrita, foge, estremece<br />Guarda a coragem, sente medo por uns instantes<br />Confuso, o teu corpo enlouquece<br />Expira dúvidas e receios<br />Pensa em ti e nos problemas alheios<br />Mas depois pára.<br />Respira. Observa. Pondera.<br />Mantém a calma, descarta os nervos<br />Faz dos teus receios os teus maiores servos<br />E toma rédea da tua vida.<br />Combate a prisão, a opressão<br />Mas não te escondas no mundo da solidão<br />Se não tiveres vergonha, dá-me a mão<br />Se tiveres, sopra a raiva num grande balão<br />Agarra-te a ele e voa para longe;<br />Pelo menos tens a companhia da imaginação.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-89978392901182060252010-08-19T00:44:00.002+01:002010-08-19T01:03:53.906+01:00red spirits make love with white soulsDesmembrando o corpo da mentira,<br />A aura escarlate da vida solta-se das veias<br />Libertando o desejo da branca alma, de ser uma com o mundo<br />De vaguear pela terra, pelo céu, pelo mar<br />De se abraçar a cada sorriso, de se deitar a chorar<br />Por não encontrar, ainda que procure<br />O espírito apaixonado da sua vermelha metade<br />Que há muito escapou do ser onde ambos habitavam,<br />Pelo receio de corrosão<br />Dos pensamentos negros da sua vida dupla<br />Dos contornos malditos de todos os seus passos...<br /><br />E então o espírito vermelho fugiu da alma branca,<br />Pois sozinhos sobreviveriam, mas juntos seriam executados.<br />Era o seu medo.<br /><br />Mas no reencontro, a alma acorrentou o espírito<br />Pelo amor, pela saudade, pela esperança<br />Pois fora do corrompido humano, todo o sentimento é belo<br />Toda a ideia é possível<br />E todos os espíritos podem fazer amor com as suas almas.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2295387216339375016.post-46152565646095767272010-08-05T18:41:00.002+01:002010-08-05T18:59:49.445+01:00241-17: CloserPortas.<br />Fechaduras bloqueadas pelo medo de esquecer.<br />Chaves de prata, de ouro, de betão<br />Num chaveiro de lembranças, que ninguem ousa tocar<br />Pelo receio de destruir<br />O sorriso que permaneceu intacto<br />Por tantos anos de paz e solidão<br />Lacrado na fechadura enferrujada.<br /><br />"Desta vez, é Dinis quem reflecte sob a queda de água fria do seu chuveiro. A perspectiva de perder a pessoa de quem gosta para Rafael é sentida como uma traição voraz, um punhal no coração da amizade, uma flecha de gelo nas suas costas. A água deixa-o dormente, mas não o suficiente para gelar a tristeza. Decidiu abdicar, para poder manter. Para poder sorrir por Rafael e tentar sorrir por si. Para não sofrer. Percebe que não há mais nada a fazer a não ser procurar a chave de prata azul e abrir o baú. Não pode mais temer por aquilo que não pode combater. Deve apenas sobreviver."<br /><br />E no baú azul, por detrás da porta de betão dourado com a fechadura de prata, a amizade de Rafael abraça-o. E ele sente-se bem.FábioG.http://www.blogger.com/profile/06807923829436703041noreply@blogger.com2