Estava ele na rua das Flores. Plena baixa lisboeta, plenas quatro da madrugada. Um grito vindo da sempre alcoolizada rua do Alecrim disse-lhe que a noite era ainda uma criança. Mas era um grito diferente, de socorro. Correu para lá, agarrou no telemóvel e ligou para o 112, esquecendo-se por completo que o quartel dos bombeiros espreitava por cima do seu ombro. Assim, ele presenciou a morte retirada à força a uma jovem dos seus quinze anos, mesmo ao lado dos contentores do ecoponto. Uma figura vestida de preto, uma faca longa e afiada e terror q.b. fizeram daquele fim de noite a receita perfeita para comer... E não chorar por mais.