segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Prisão de Muralhas

O mundo pára, escuta e sente
A tua existência, que me deixa sorridente
Que me faz sonhar e sobrevoar o impossível, o inexistente
Que me mata, quando decides existir para outro alguém.

O teu sorriso fecha-me entre mil muralhas,
E nelas reside o meu mundo, somente
Do qual faz parte o teu sorriso, maravilhoso e potente,
Como a presença omnipotente
De divindades, de presenças de força maior
De laivos de mundos isentos de dor
De rios de amor, sem pudor.

É uma prisão saborosa, esta
Delicada, como se feita de vidro,
Indestrutível, como se feita de titânio,
Aliciante, como se coberta de ouro,
Desejada, como se paraíso fosse.
E ainda assim, dela quero escapar
Quero sair, quero-me libertar.
Mas como sempre, quero o que não tenho,
E por aqui vou ficando, abandonado.
Esquecido.
Despercebido.

Aprisionado.