segunda-feira, 13 de junho de 2011

Veludo

Palavras de veludo acariciam-me mentalmente. Ninguém pode, jamais, violar este sentimento, que me habituou ao seu sorriso, ao seu olhar e ao seu perfume. Ninguém pode, ninguém vai e ninguém consegue. É um novelo de carinhos, de tenebrosos caminhos, feitos da pedra de calçada que preenche os buracos do meu coração. É a despreocupação, a tristeza e o amor, a morte sem dor, o doce veneno da ilusão, os passeios pelas ruas da amargura da minha vida. Não te enganes; o meu coração é teu, por muito que o deixes morrer ao relento das noites geladas da tua vida.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Aprendizagem

Aprendi a amar sem olhar para trás. Aprendi que, mesmo lá no fundo, a esperança é oca e por vezes não passa de uma simples ilusão. Aprendi a sorrir quando seria normal chorar, a incentivar quando o melhor seria afastar-me, a ficar na plateia a assistir enquanto a vida da pessoa que amo desfila à minha frente, e eu me limito a aplaudir. A sorrir e a elogiar. Enquanto ela desfila. Enquanto ela passa e eu fico, e quando ela vai já longe, embora tenha saudades, nada faço. A sua vida nunca se vai entrelaçar com a minha, a sua alma nunca vai desejar a minha, o seu ser nunca vai amar o meu.