quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Descontentamento

Sonho que tenho
O que ter não posso
Conto os dias, as horas, os momentos,
Os sorrisos, os lamentos
As dores sangrentas, os beijos enganosos
Os encontros ilusórios, piedosos,
E fugir parece o mais correto fazer
Desaparecer, para que o coração não mais me doa.
Mas é sublime, essa corrente invisível que me tens ao pescoço
Definitiva, espero que o não seja
Pois quero um dia poder dizer
"Sou eu a ter sem ter de sofrer".

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Corrompido

Amor abandonado num coração dorido, ferido
Que bebe o sorriso, que come o que lhe é devido
Que a solidão leva como seu, qual dado adquirido
Que mói, que geme, danificado, sofrido
Que sofre num palco vazio, de soalho polido
Chamado de consciência até que, meio despido meio vestido
Definha até ter, por completo, sumido
Deixando atrás de si um coração, um dia inteiro, agora partido.