terça-feira, 24 de maio de 2011

How many?

Uma gota. Duas. Três segredos, mil angústias.
Quantas tempestades se passam em mim?
Não há socorro, não há ajuda, não há compreensão.
Só solidão. Tristeza. Desilusão.
Máscaras que disfarçam mapas
Que ensinam como chorar
Que me fazem gritar, desesperar.
Morrer.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Chuva e Sentimentos

Deixa que chova.
Lava as vergonhas, os erros, as desilusões
As saudades, os medos, concede perdões
Põe a mão sobre a barriga, e respira fundo
Sente o ressoar de cada gota de chuva
De cada lágrima que o céu chora
De cada pedaço de brisa que te agita os cabelos.

Não temas sorrir no meio da tempestade
Pois se depois dela vem a bonança,
Por que não começar já a ser feliz?
Por que não esboçar um sorriso e dar a mão ao teu eu do passado
Abraçar o teu eu do futuro
E seguir, sem rumo, pela chuva que desenha o teu vulto?

Aprende. Sorri. Ama.
A vida é veloz, por muito que sejas impaciente
Por muito que queiras amar uma vez, ou dez, ou cem
Por muito que as coisas pareçam demorar
Não esqueças que o teu hoje será o ontem longínquo de alguém.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Fluxo do Constante

Quantos relâmpagos tem uma tempestade?
Quantas lágrimas tem uma saudade?
Quantos adeus tem um fim?

Os fluxos completaram o ciclo.
E as saudades são a constante que se verifica.
A impressão que fica
É que não houve evolução.
Nada mudou,
Mantém-se a solidão.

Quero voar.
Para longe da tempestade,
Da saudade,
Do fim.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Desenjaular Do Dragão

Tremo,
E temo,
Pelo sonho supremo
Que, em nós, dorme.
Sereno.

Um sorriso sublime
Aflora-lhe os lábios.
É renegado pelos cépticos,
Ignorado pelos tolos,
Abraçado pelos sábios.

Sem finais apoteóticos, as provas residem em nós.
Todo o nosso mundo, entrelaçado, com todos os mundos existentes e imaginários.
É livre, a esperança, mas os sonhos, esses, são como presidiários
Destinados a prisão perpétua.
Tentam libertar-se, sem ninguém magoar
Sem nenhuma fúria despertar
Para o seu espaço poderem voltar.

Um reluzir de asas de vidro encandeia os olhos mais fracos.
As borboletas de cristal assinalam a chegada da Luz, da Razão
O conhecimento, que nos dá a mão
Que se revela na história fantástica, e do dragão
Que em planetas pessoais e cantinhos perdidos,
Se escondeu, deixando migalhas da sua presença
E que agora constituem um banquete ao nosso Eu.

Mas quem somos, e por que voltamos sempre à ligação que nos originou?
Sentimo-nos diferentes, pois na nossa infância algo se mostrou.
Algo nos disse sem palavras que seríamos o que ninguém acredita,
O que em muitas mentes suscita,
O desprezo, a ironia, a falta de razão
Mas que noutras desperta a lógica,
O sexto sentido, a compreensão.
A liberdade de um enjaulado dragão.

domingo, 8 de maio de 2011

If Feels Like Summer Rain


Beijar-te é como beijar o Verão.
É como ver a felicidade e dar-lhe a mão,
É chorar de alegria por teres sorte
É desejar ficar contigo até à hora da minha morte.
É sorrir como um tolo quando estás por perto
É seres a única pessoa no deserto
Que é o meu coração
Que parou de bater por outras pessoas
No dia em que encontrou o brilho do teu olhar.
E por vezes vejo-te com outro alguém, que me sorri
Com desdém
E uma fúria apodera-se de mim.
Apetece-me passar por cima da razão
Destruir tudo, e revelar
Que jamais posso parar de te amar.

É como chuva de Verão.
Fora de tempo, sem obrigação.
Sabe a solidão.