Portas.
Fechaduras bloqueadas pelo medo de esquecer.
Chaves de prata, de ouro, de betão
Num chaveiro de lembranças, que ninguem ousa tocar
Pelo receio de destruir
O sorriso que permaneceu intacto
Por tantos anos de paz e solidão
Lacrado na fechadura enferrujada.
"Desta vez, é Dinis quem reflecte sob a queda de água fria do seu chuveiro. A perspectiva de perder a pessoa de quem gosta para Rafael é sentida como uma traição voraz, um punhal no coração da amizade, uma flecha de gelo nas suas costas. A água deixa-o dormente, mas não o suficiente para gelar a tristeza. Decidiu abdicar, para poder manter. Para poder sorrir por Rafael e tentar sorrir por si. Para não sofrer. Percebe que não há mais nada a fazer a não ser procurar a chave de prata azul e abrir o baú. Não pode mais temer por aquilo que não pode combater. Deve apenas sobreviver."
E no baú azul, por detrás da porta de betão dourado com a fechadura de prata, a amizade de Rafael abraça-o. E ele sente-se bem.
é sempre tudo tão complicado... abraço tátá...
ResponderEliminar'Percebe que não há mais nada a fazer a não ser procurar a chave de prata azul e abrir o baú.'
ResponderEliminarnão é metáfora!!
this is our life:)
thank U 4 everything;)
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